segunda-feira, 24 de maio de 2010

Documentação de Sistemas Supervisórios

Artigo desenvolvido pela PHM Software sobre como documentar adequadamente um sistema de supervisão, de modo que os usuários finais não percam a cabeça tentando manter o sistema no ar. E também para que em caso de expansão, o integrador tenha chance de voltar a vender, pois manter um cliente é mais tranquilo que conseguir novos.

http://www.phmsoftware.com.br/images/Artigos/documentacaosupervisao.pdf



terça-feira, 18 de maio de 2010

Softwares Supervisórios - todos são ótimos!!! Mas em quê?

Característica-padrão de todos os supervisórios: são simples, completos e fáceis de usar. Nunca dão pau, nem é necessária muita experiência para programar. E um é melhor que o outro, sempre.

Bem, sendo assim, como escolher um software de automação bom e confiável? Dependendo do seu critério, a resposta tende a um ou outro software. Simples assim.

Mas então como selecionar um software para atender às suas necessidades? Segue abaixo um guia de seleção de softwares supervisórios.

1 - Conectividade: seu supervisório terá de se comunicar com diferentes tipos de protocolos?

Se a resposta for sim, verifique se o fabricante dos equipamentos mais comuns tem os drivers para os outros protocolos. Por exemplo, você tem que ligar 3 PLCs Allen Bradley a 2 medidores de energia que falam em Modbus via supervisório. Não adianta tentar o RSView ou FactoryTalk, pois ele não vai falar com os medidores. Ah, mas o cliente quer esse.... não tem problema (para tudo existe solução), mas se puder escolher, selecione pela conectividade sempre que possível.

2 - Programação ou configuração: você é um ás em VBA ou VBScript ou prefere configurar propriedades?

Se a resposta for "gosto de programar" ou ainda "tenho tempo suficiente para programar esse projeto", selecione uma ferramenta que ofereça facilidades de programação. Estão entre essas o Elipse E3, o iFIX, o novíssimo Pulse da Afcon, para citar alguns.
Se você prefere "clique-e-mostre", parta para softwares que exijam menos programação. Entre eles o P-CIM, o Citect, o Cimplicity e o Indusoft.

3 - Flexibilidade x Objetos prontos

Outra característica necessária, mas que traz dúvidas: quão flexível a ferramenta deve ser ao desenhar telas ou históricos. Em alguns softwares se faz necessário um malabarismo para se criar algo novo, mas a biblioteca te deixa tranquilo quanto ao que está disponível. E existem bibliotecas e bibliotecas, digamos.
A biblioteca Symbol Factory faz parte de alguns pacotes de supervisório. Por exemplo, no Pulse e nos Elipse Scada e E3 ela está presente. Mas no Pulse, quando você puxa algo da biblioteca, já tem os links preparados para serem animados (por exemplo, um gauge vem com a propriedade Ângulo pronta para ser ligada ao tag). Já no E3, é necessário "mudar para símbolo, desagrupar, selecionar o ponteiro, agrupar, criar o link com o tag, agrupar tudo de novo" e pronto. Qual terá o resultado mais rápido durante o desenvolvimento?

4 - Select * from tabela where date < sysdate() - 7

Você conhece banco de dados e sabe como sintonizar as tabelas para melhor desempenho? Bem, se não é sua especialidade, pergunte: vou mesmo precisar aprender isso para que meu sistema continue executando depois de 3 meses?
Existem ferramentas que dependem de bancos de dados minimamente sintonizados para funcionar. O Elipse E3 é garantido que precise de MS SQL Server: o Access dá pau depois de algum tempo rodando, isso é fato. Caberá a você desenvolvedor cuidar de aprender SQL, chaves primárias e índices. Boa sorte com a leitura no Google ou no site da Elipse (eu mesmo escrevi alguns artigos sobre isso lá).
Já outros, como o Pulse, utilizam banco de dados, mas instalam automaticamente o software, configura o usuário necessário, cria e gerencia as tabelas que serão utilizadas pelos seus históricos. Muito mais fácil.
Outros ainda, atendem suficientemente bem sem necessitar de um banco de dados. Formatos proprietários funcionam bem quando existem configurações de segurança de arquivos, para evitar problemas de perda de arquivos, por exemplo. Entre esses softwares estão o P-CIM, versões mais antigas do Intouch, o iFIX, o RSView e por aí vai.
A pergunta final é: meu projeto precisa de um banco de dados? Ou um formato de arquivos seguro dá conta do recado?

5 - Recursos para agilizar o desenvolvimento

Existem recursos construídos para facilitar e agilizar o desenvolvimento de projetos. Mas não vamos ficar dependentes deles, certo?
Um recurso interessante que existe no P-CIM e no PULSE é o conceito de células. Vamos dizer que você tenha muitos motores na sua planta, com a velocidade sendo mostrada na tela. Ao posicionar o motor na tela e linkar um tag para mostrar velocidade, você pode criar uma "célula". Toda vez que copiar essa célula, o software lembrará qual o link que foi feito e você poderá mudar o tag para o novo motor. Assim, você replica os tags e motores com o mínimo de esforço.
Repita a operação no E3 fazendo o seguinte: crie um XObject e sua lista de propriedades. Crie um XControl e link com o Xobject. No XControl, faça o link com a propriedade desejada. Salve e "Registre a bibioteca". Depois crie instâncias do XObject no servidor e do XCOntrol na tela. Link os tags às propriedades do XObject e link os XObjects ao XControls na tela. Salve tudo e execute para ver o resultado. Ligue para o suporte. Pronto, funcionou. 

Os Dynamos do iFIX funcionam de maneira bem parecida às células do Pulse e são recursos recentes do software.

6 - Documentação

Algumas pessoas se preocupam com a documentação do software estar em português. Isso faz diferença para quem está começando a usar a ferramenta, realmente. Mas de todos os grandes fornecedores de automação, qual deles traduz os manuais para nossa língua? E quantas vezes você precisou do inglês para sanar dúvidas. Então, para quem já está na chuva, um pingo a mais não machuca.
O importante, em todo caso, é que a documentação seja efetiva: ela responde ao que eu preciso responder? Encontro fontes ou referências suficientes para utilizar a ferramenta? Se sim, não preciso de translation...

7 - Relacionamento com o fabricante

Sabe aquela do "não é uma Brastemp, mas...". Um dos pontos a ser questionado é: todos são legais quando te vendem (quase todos, por sinal), mas na hora que a comunicação trava, você está em campo com o cliente fungando o cangote e você liga para o fabricante, qual a reação dele com você?
Não importa com os outros: se o cara é bacana com todo mundo, mas do seu nome ele não gosta, não se preocupe. Outros supervisórios podem te ajudar!

De qualquer forma, ainda vale a máxima: o cliente é quem tem razão e você só quer defender o seu. Se o cara quer "aquele", corra atrás e fique amigo do suporte "daquela" empresa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Informações sobre Intouch

Pela colaboração de um amigo fera de vendas, que já esteve em contato a Wonderware por bastante tempo, consegui um pouco de informação sobre como funciona o Intouch.

Falando sobre o lado comercial da ferramenta, deu para entender por que é difícil conseguir informações por aí. O marketing da empresa é todo voltado para relacionamentos com grandes clientes ou compradores potenciais. Pequenos integradores (como a maioria das empresas de automação) com potencial de vendas limitado não está no foco. 
O custo de uma ferramenta Intouch básica é o dobro de um Elipse E3 equivalente (e olha que o E3 não é mais a ferramenta mais barata do mercado). Além disso, o Intouch é marcado por uma série de limitações, resolvidas por módulos adicionais que custam uma boa quantidade de dólares. 

Já tecnicamente, tomando o Elipse E3 como referência, as versões Intouch abaixo da v10 (atual) toma de goleada. Pra se ter uma idéia dos recursos que não existiam até há pouco, temos:
- Interface gráfica pobre: todos as imagens do supervisório devem vir de fora. Assim, do Paintbrush a Photoshop, qualquer coisa ajuda, pois no Intouch você só faz o essencial;
- Comunicação com bancos de dados: formato proprietário era a única opção nativa.

Essas são as principais deficiências para quem desenvolve. Mas foram resolvidas na versão v10, ainda que por meio de módulos como o IndustrialSQL (vendido por volta de US$ 10mil). 

Como nos Elipse, o pacote de drivers é pago a parte e somados ao valor da licença final. 

Nesse link  está o folder comercial do Intouch 10.

De qualquer forma, o software atende aos interesses dos clientes finais e a empresa se preocupa com o relacionamento com seus clientes e integradores, que ela própria seleciona e dá atenção.