segunda-feira, 30 de maio de 2011

Parâmetros de Tags no protocolo MPI

Por muito tempo (uns 9 anos, para ser mais preciso) fiquei me perguntando de onde viriam os formatos de dados a serem lidos em tags quando se usa o formato MPI da Siemens. E tudo foi resolvido quando tive que consultar o modelo de comunicação e arquivos de help do Indusoft, que será assunto de novo post, provavelmente na semana que vem. 
E aí está um caso que mostra que não importa se um manual está em português, inglês ou russo: basta ter qualidade e informar o que preciso ser informado. O trecho foi retirado do manual do driver MPI:


Com esse padrão mostrado acima, fica fácil decodificar os seguintes endereços:
- M:W340
- DB120:DBW120
- M:B100.1
- DB120:DBF220

E por aí vai. Mas é certo também perceber que é impossível ler uma variável MDxxx. Mas essa é outra história que qualquer um que já programou Siemens consegue resolver com um MOVE...

O  link para o manual completo é esse aqui!

Comunicação com Siemens S7-300 usando PC-Adapter na USB

Um caso clássico de problemas ao adquirir um novo notebook é a questão das portas seriais. Notes novos não tem mais esse item pré-histórico já tem algum tempo? Afinal, tudo hoje suporta USB, de pen-drives a telefones celulares. Certo?
Nem tanto!
Num mundo cheio de sistemas de automação com necessidades de disquetes e portas-seriais, as portas USB trazem facilidade, mas também alguns problemas.
No caso de comunicação MPI para acessar e programar CLPs Siemens famílias S7-300 e S7-400, o cabo USB de nome 6ES7972-0CB20-0XA0 é uma mão na roda. Além de se conectar com quase qualquer notebook, ainda por cima deixa a comunicação mais estável. Pronto! Só que se você precisar do driver ou tiver perdido o CD de instalação, o software desse link pode te ajudar. É só baixar e executar.
O restante continha igual: para comunicar, vá ao Set PG/PC Interface e selecione, ao invés de porta serial, a porta USB. Simples!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Roteiros de Treinamento do Elipse E3

O link para os roteiros de treinamento do Elipse E3 estão nos links abaixo:


http://www.4shared.com/file/xRFZ_A3M/e3tutorial_ptb.html

http://www.4shared.com/file/sdUaFU6E/e3tutorial_advanced_ptb.html


Recomendo que se façam todos os exercícios do roteiro. Apesar do modelo adotado (de arquivo de ajuda do Windows) atrapalhar quem gosta de aprender olhando o todo e fazendo o que considera importante (nisso o formato de apostila pdf é imbatível), é possível realizar os exercícios sem dificuldades. 

Primeiro faça o tutorial e se achar necessário, faça o tutorial avançado. Have fun!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Modelo de Comunicação Elipse E3

Informações preliminares
As informações preliminares para os drivers Elipse são praticamente as mesmas para o Scada e o E3. Vale lembrar a diversidade de versões incompatíveis entre si, a documentação externa ao driver (se você for descuidado e tiver que retornar ao projeto depois de meses pode ter problemas), a cobrança por licença de driver, entre outros tópicos não muito abonadores. Pelo lado positivo, a diversidade de drivers para equipamentos nacionais é grande, assim como as de uso comum de origem estrangeira.

Configuração de Drivers
Para iniciar, é necessário criar um projeto, um domínio e etc, como etapas anteriores à instalação de um novo driver. Depois, é só selecionar Objetos de Dados e no grupo Drivers e OPC, clicar com o botão direito e ir para "Inserir driver de comunicação em", selecionando o projeto onde o driver será instalado. Vamos lembrar que no E3 o ente que agrega um ou mais projetos se chama domínio (é o domínio quem é executado e por consequência, seus projetos). 
A janela de localização de drivers será exibida, para que se selecione onde está o arquivo .dll correspondente ao protocolo desejado. 
Figura1: Adição de Novo Driver no Elipse E3
Feita a inserção e localização do driver, será criado o driver no projeto indicado. Se necessário, é possível alterar a localização do driver a partir da propriedade Driver Location, na janela de propriedades do E3 Studio.  

Figura 2: Alteração do driver ou de sua localização - DriverLocation
Partindo desse ponto, a configuração do driver é idêntica à mostrada no artigo sobre o Elipse Scada (aqui), sendo útil acompanhar essa informação por aquele post. 

Configuração de Tags
A parte que diferencia o Elipse E3 do Scada é a configuração de tags: não pelos drivers (que são compatíveis) ou pelas tags que precisam ser configuradas de modo bem parecido (estão lá os parâmetros P1 a P4, os tipos de tags, etc). Mas sim pelos recursos do Elipse E3 Studio. Toda a configuração de tags pode ser feita de modo centralizado e isso traz uma série de vantagens ao se pensar em tempo de desenvolvimento. 

A janela de configuração de tags é mostrada abaixo, e depois dela são apresentadas algumas discussões sobre seus recursos. 
Figura 3: Janela de Configurações de Tags
A janela de configuração de tags permite que eu comente:
- Os tags são desenvolvidos em uma planilha (inclusive, podem ser importadas de um Excel). Nessa planilha, todas as características relacionadas a endereços, permissões de escrita ou leitura, escalas e varredura são apresentadas no modo de edição;
- Os tags no Elipse E3 são configuráveis tanto nos blocos como nos tags individuais. É possível nomear qualquer endereço acessado no PLC;
- Não é possível nomear bits! É isso mesmo: se você economizar tags e acessar uma Word para usar seus 16 bits, eles não serão nomeados. Você terá que se lembrar que o bit00 é o botão de emergência, sempre! 
- Na área de botões da planilha, é possível adicionar novos tags, eliminá-los, configurar o driver, usar um "tag browser" (algo que funciona apenas para alguns drivers recentes), habilitar a comunicação e contar o número de tags desse driver. 
- Acessando o botão de configurar driver, você terá as opções de parametrização descritas no artigo sobre o Elipse Scada, já citado aqui; 
- Ao habilitar a comunicação, a planilha se modifica e passa a exibir o resultado da comunicação com os equipamentos a serem acessados pelo driver. Dessa maneira, é possível verificar se a comunicação está ok (tags em azul), se há falhas em algum tag (em vermelho) ou se a comunicação falhou com todos os tags. O E3 usa uma designação de status semelhante ao OPC, com valores entre 0 e 255, no parâmetro Quality; 

E persiste a dúvida: se não é possível acessar os bits de uma palavra com um nome próprio, pelo menos como podemos acessar esses bits? A janela abaixo mostra como realizar essa configuração. 
Figura 4: Janela de Propriedades do Tag
A janela acima mostra algumas informações importantes: 
- O parâmetro UseBitFields mostra se o tag permitirá ou não o acesso ao seus bits (se estiver false, qualquer acesso aos bits será mostrado como errado);
- O parâmetro AdviseType é importante para sintonizar a comunicação: ele indica se o tag será lido sempre ou apenas quando estiver em tela. Para bits, o normal é usar o valor 0-Always em Advise, pois eles poderão ser usados em alarmes, scripts ou objetos de servidor sem correr o risco de se perderem variações de status;
- O parâmetro EnableDeadBand é utilizado para que o timestamp do tag seja alterado apenas quando houver variação de valor. Isso era importante para sistemas que eram executados em computadores com limitações de desempenho, algo difícil de encontrar hoje. Além disso, para sistemas de medição e contabilização, por exemplo, é um desastre: se você não desabilitar esse parâmetro, vários valores serão perdidos, pois o consumo pode não variar por longos períodos de tempo (ou por vários ciclos seguidos). Fique atento!

Bem, já habilitamos a leitura dos bits, mas como acessá-los? É o que mostra a figura abaixo.
Figura 5: Acessando bits de uma word
Como é possível notar, é possível acessar todas as propriedades do tag (que foram configuradas na planilha de tags) e também os até 32 bits possíveis de um endereço (isso varia conforme o driver, o protocolo, o equipamento e a configuração do endereço), sem que seja possível dar nomes a eles. 
Esse acessos servem tanto para escrita quanto para leitura, desde que o tag esteja configurado para leitura ou escrita. 

Vantagens do Modelo Elipse E3
- A construção da planilha de tags em um único ambiente é interessante. Você consegue construir os tags, testar a comunicação e setar parâmetros em uma mesma janela. Isso agiliza eventuais correções e testes;

Desvantagens do Modelo Elipse E3
As desvantagens são basicamente as mesmas já citadas no artigo sobre o Elipse Scada:
- Drivers implicam em custos adicionais à licença de runtime;
- 3 Categorias distintas de drivers trazem ainda mais custos, quando se utilizam equipamentos de marcas top do mercado (como Siemens e Rockwell/Allen Bradley);
- Dependendo do projeto e da negociação, uma licença de drivers pode liberar até 4 drivers para execução: isso não é muito transparente para o usuário;
- Modelo baseado em parâmetros N1 a N4 implica em codificar ou decodificar o endereço recebido pelo PLC antes de implementar a comunicação;
- Não é possível criar tags bit: uma palavra tagueada pode ter seus bits acessados através dos nomes bit00 a bit31 (o que convenhamos, é muito intuitivo para o desenvolvedor);
- Excesso de padrões de configuração implica em ter de aprender cada driver e seus truques quando se vai iniciar um projeto novo. São pelo menos três modelos: drivers básicos com o SDK, básicos que usam o módulo IOKit e drivers especiais (alguns com IOkit e outros ainda com o SDK);
- Por ficarem "livres" no HD, é possível que falte o arquivo do driver no momento de transportar o projeto de um micro a outro. Fácil de resolver em ambiente de escritório, pode ser bem enrolado para resolver em campo;
- Drivers mais recentes (os baseados no IOKit) só acessam um canal de comunicação por vez (uma porta serial, um endereço IP) o que exige a criação de mais de um driver para projetos mais complexos;
- A formatação de endereços em códigos P1 a P4 torna qualquer manutenção ou mesmo o desenvolvimento pouco amigáveis: é necessário decodificar cada endereço ao tentar entender de onde vem aquela seqüência de tags medida1 a medida200 que o pessoal do PLC te passou como sendo a documentação do projeto. 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Download de Drivers Indusoft

O download de drivers é algo que os fabricantes tentam de uma maneira ou outra controlar. Seja pela garantia de oferecer a versão mais recente do driver (quando os drivers mudam muito ao longo do tempo ou não estão completos ao serem lançados) ou simplesmente para rastrear onde estão potenciais usuários, é comum que se exijam cadastros e aprovações para acessar os arquivos de drivers. 

Com a Indusoft, é diferente: todos os drivers estão disponíveis aqui, e podem ser acessados sem qualquer tipo de cadastro.

Como é possível observar no link, os drivers têm as mais diversas "idades", de 1999 a 2010, o que indica que o modelo de tags não deve ter sido alterado significativamente ao longo dos tempos. Para quem desenvolve ou dá manutenção, isso é uma mão-na-roda. 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Download de Drivers Elipse

Complementando o post anterior, o link para download de drivers da Elipse é o http://www.elipse.com.br/drivers.aspx?idioma=1. Nesse endereço é possivel baixar todos os drivers da Elipse, que são compatíveis com o Elipse Scada e com o E3. Só que para isso, é necessário um cadastro a ser aprovado pelo pessoal de suporte técnico. Nada demais, certo?
Apenas tome o cuidado de guardar o seu login e senha, pois se precisar dela no futuro você pode precisar se cadastrar novamente (e aguardar a aprovação), pois a tela de login não ajuda muito a quem precisar de ajuda. 

Enjoy!