quarta-feira, 23 de março de 2011

Modelos de Comunicação - Tags, Drivers e Meios Físicos

Vamos falar mais um pouco sobre modelos de comunicação, abordando os temas Tags, Drivers e Meio Físico. Essas definições são importantes pois impactam a maneira como os supervisórios realizam a comunicação com os equipamentos de campo. 

Meio Físico: meio físico é o tipo de ligação entre um equipamento e o computador onde o software supervisório é executado. Entre os meios físicos mais comuns estão:


  • Portas RS-232: porta de comunicação mais comum em computadores desktop, raramente são vistas nos notebooks atuais. Esse meio de comunicaçaõ serve para ligar um mestre a um escravo, ou seja, um equipamento ou software a outro equipamento ou software. Normalmente, quando se usa uma porta RS-232 o supervisório é o mestre na comunicação, ou seja, é dele que partem os questionamentos que chegam ao PLC. Redes que utilizam esse tipo de porta têm alcance limitado (a alguns metros, dependendo do ambiente); 
  • Portas RS-485: permitem a ligação entre dois ou mais equipamentos, através de um varal de dois fios. Essa rede pode ser usada também para aumentar o alcance de uma rede RS-232, utilizando-se nas terminações um ou dois conversores RS-232/RS-485. Cabeamento simples e longo alcance, mas os computadores não têm portas RS-485 (é necessário utilizar conversores);
  • Rede Ethernet: os modelos mais recentes de PLCs costumam trazer portas de comunicação Ethernet, o mesmo padrão físico utilizado em redes de computadores. Isso é interessante, visto que todos os computados vendidos atualmente dispõem de uma porta desse tipo. Mas para sistemas mais antigos, essa opção é inexistente;
  • Meios físicos dedicados: alguns protocolos e equipamentos exigem meios físicos dedicados. Por exemplo, os equipamentos da Siemens exigem placas especiais que criam meios físicos próprios para os protocolos criados pela empresa. Outro fabricante que costuma usar essa abordagem é a Allen-Bradley/Rockwell.  


 Tags: é a menor unidade de comunicação de um sistema supervisório e reflete, normalmente, um equipamento ou um conjunto deles (quando associados). Um tag, reflete, por exemplo, uma bomba (ligada ou desligada), a velocidade dessa bomba, as suas condições de alarmes. A forma como um tag é construído e acessado difere entre os supervisórios. O importante é poder diferenciar que existem dois tipos de tags que influenciam na especificação de um supervisório: tags de comunicação e tags internos. 


  • Tags de Comunicação: São aqueles usados para resgatar ou parametrizar informações em um equipamento externo (PLC, controladores de temperatura, etc). 
  • Tags Internos: são aqueles que são usados exclusivamente no supervisório, para contagens, cálculos diversos, entre outras funções. 

A maneira de construir esses dois tipos de tags será analisada posteriormente, quando cada supervisório for comentado em separado. 

Drivers de Comunicação: como já comentado anteriormente, são os responsáveis por implementar a comunicação entre um supervisório e um equipamento, implementando um protocolo de comunicação comum aos dois lados. Esses drivers normalmente trazem limitações que devem ser observadas. Por exemplo, em uma rede Ethernet, quantos equipamentos conseguirei acessar se cada um deles tiver um IP diferente. Ou então, qual a máxima porta RS-232 do micro que consigo acessar usando esse driver.

Essas questões relacionadas aos drivers, implicam na especificação da licença do seu supervisório, e conseqüentemente, o custo final da licença de runtime.


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